Em umas das suas caminhadas, Mestre e Discípulo param e numa
manobra gigantesca, erguem-se para o alto lentamente e observam tamanha é a sua
grandeza e magnitude...
Discípulo diz: Mestre,
como pode ser tão bela e se manter tão firme por longos anos?
Mestre vira-se e em sua sabedoria, responde: Ao longo dos anos passamos por diversas
experiências, mudanças, boas e ruins, e temos a incumbência de levar conosco
aquilo que aprendemos e assim evoluímos...
“A transformação só
acontece quando agimos no campo das possibilidades, e é assim que se sustenta
exatamente quem você É”.
E mais uma vez o Discípulo: “Mestre, sem essa base, nada sobreviverá”.
O Mestre: “Algumas
param por aí, e esperam a melhor chuva, o sol mais forte e ficam paralisadas
esperando pelo melhor tempo... Poucas estão prontas para a verdadeira
transformação...”
E enquanto há árvore,
há uma chance...
Aquela frase ficou ecoando na mente do discípulo...enquanto
contemplava a magnitude e o tamanho da sua beleza...
O Mestre desperta ainda mais a curiosidade do discípulo: Se permitires perceber, as grandes mudanças
acontecem de dentro pra fora e quanto tempo é preciso para que o extraordinário
germine, cresça, evolua e se mostre evidente como ele É?
Qual é a real força
que faz mudar?
O curioso discípulo: É
quando criamos uma visão tão grande daquilo que o nosso coração realmente
deseja transformar...
Ainda sob as palavras do Mestre...
Só é possível quando a
partir disso o grande monumento resplandece, tornando-se evidente e forte o
suficiente para sustentar tamanha estrutura...
Assim determina a sua
grandeza...
Na dúvida, o discípulo: E
quando se está pronto?
Quando aquilo que se
transformou internamente, vem ao mundo para florescer...
“Somente assim se vê
aquilo que no fundo já o É!”
Discípulo: Por isso
algumas florescem cedo, outras tarde, algumas rápido demais, outros nem
tanto...e outras jamais...
“E quando se
desconecta da sua verdadeira raiz, ela simplesmente seca...”
Mestre alerta: Perceba
tamanho são seus galhos...firmes são suas copas...
Conseguem juntos
ocuparem espaços diferentes, em cima da mesma estrutura...algumas vezes servem
de abrigo para os pássaros...
E se olhares mais
profundamente perceberá que uns se escondem atrás dos outros e somente quando
realmente observamos percebemos a sua existência...
E cada um ali tem a
sua função, sem isso não há sustentação...
Se perceberes mais um
pouco, verás que alguns destes galhos conseguem obter outros galhos em sua
estrutura, chamamos isso de reprodução...
Daquilo que eu sou transformo
outro...
Alguns conseguem
chegar mais perto do sol, sabem aproveitar a força da luz, se nutrem da chuva,
absorvem o pior dos ares, mas são estes que mais fortes são, são os mais
corajosos, pois dali é exigido uma outra transformação...
Só chega ali quem já
está pronto...
Quando se percorre
todo esse caminho desde a sua raiz, na sustentação da sua estrutura, abre-se o campo
das possibilidades, enfrentam-se os maiores desafios da natureza, percorrem-se
todos os galhos, se unindo e incentivando uns aos outros, contribuindo para o
abrigo de outros animais, para assim se chegar ao topo e é preciso estar certo
de que o próximo passo é o seu fruto...
“Aquilo que te Ti sai,
alimenta o outro...”
Muitos desistem por
ali, enfraquecem e secam...permanece por anos assim...sem forças...
“Só é permitido doar
ao outro aquilo que já tem em Si”
...E enquanto há uma árvore, há uma chance...
E onde está a sua própria Grandeza?
Por Juliana Monteiro
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